quarta-feira, 7 de julho de 2010

Um novo padrão

A mera presença da Espanha na decisão da Copa do Mundo pode ajudar grandemente a qualidade do futebol que é jogado em todo o mundo. Após a grande derrota do Brasil em 1982, com futebol espetáculo, veio a era mais defensiva, principalmente por aqui, com a criação dos cabeças de área, proteção excessiva aos zagueiros, anti jogo e profusão de faltas. A Espanha joga para a frente, mas vai chegando lá em passes curtos, rápidos deslocamentos, movimentação constante e, principalmente, o encurtamento do campo, transformado em uma quadra de futebol de salão. Tem um cabeça de área e dois zagueiros. Todos sabem jogar, participam dos passes e são velozes. Completamente diferente do que fazemos no Brasil. Jogamos com até três zagueiros, todos dentro da área, protegidos por dois, três cabeças de área, todos escalados para destruir, não construir jogadas. Zagueiros ruins por somente participar das jogadas filtradas pelos cabeças de área. Não aguentam o combate direto. E esses, não participam do meio de campo, como Felipe Melo e Gilberto Silva, por exemplo. Xabi, Xabi Alonso e Iniesta. Jogam simples, práticos, driblam, passam, marcam, não cometem faltas, fazem gols. Que essa mera presença na decisão faça com que ao menos os brasileiros comecem a jogar diferente, de um jeito que há muito, desde lá em 1982, jogava.

2 comentários:

Francisco Rocha Junior disse...

Edyr,

A grande prova de que quem joga bonito pode ganhar títulos ocorreu ontem: a Alemanha, que vinha jogando tão bem, no ataque e com um futebol vistoso, quando resolveu jogar na retranca levou um castigo no lombo.

Tomara que os famosos Deuses do futebol movam suas peças domingo em favor da Fúria. Arriba, Espanha!

Edyr Augusto Proença disse...

Arriba!