sexta-feira, 31 de outubro de 2014

QUE PENA

Penso que tive muita sorte ao nascer na metade da década de 50 aqui em Belém do Pará. Distante dos grandes acontecimentos, mas com a curiosidade para tentar ver de tudo de maneira panorâmica, minha vida é rica na qualidade de espectador. Assisti de camarote os anos 60, 70, 80, tudo de bom que aconteceu. Agora, temos um mundo ainda mais moderno, conectado e estou mais conectado do que nunca. Acompanhei a chegada do computador, do notebook, tablete, smartphone. Do vinil passando por cassete, minidisc, cd, pendrive até a nuvem. Das invenções que todos acreditávamos no ano 2000 estivessem presentes no dia a dia, faltam os carros voadores, viagens à lua (nunca acreditei que os americanos foram) e a cura de todos os males. Hoje, todos podem fazer música, cinema, livro e publicar na rede. Há muita oferta, menos qualidade. Mas o que eu quero dizer, mesmo, é que não me imagino vivendo em outra época. No século 18, por exemplo, sem condições sanitárias, internet, jornais, livros, essas coisas. É porque estou lendo “Outlander, a Viajante do Tempo”, de Diana Gabaldon, romance desses com quase 800 páginas. Claire passa férias com o noivo na Escócia. Ela foi enfermeira durante a Segunda Guerra Mundial. Agora, quer relaxar. De repente vê-se na Escócia de 1743 e num festival de emoções, está casada com um foragido nobre, refugiada no castelo do clã MacKenzie, curando as pessoas da região e vivendo os corcoveios daquele tempo. Já são quatro meses de sumiço, está apaixonada pelo escocês, mas precisa voltar. Tudo completamente diferente do seu mundo “moderno”, em 1946. O texto é bom e por mais que se tente, não dá para largar. Recomendo.
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E as eleições, hein? As redes sociais bombaram. Creio que nos levaram a uma tensão de participação inigualável. Quase todos postaram opiniões, discutiram, brigaram. Houve muitos insultos e creio que, nem na eleição local para governador e a nacional ou para presidente, haverá quem seja convencido por argumentos de um ou de outro. Quase não me manifestei. Não era minha praia e tal como foi, qualquer opinião resultava em beligerância, insultos e que tais. Melhor ficar assistindo. Na véspera, postagens de todos os lados aventavam possibilidades absurdas. O mundo não é mais o mesmo. E não mudo minha opinião, nem aqui no Pará, nem no Brasil. Viva a democracia.
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Com a vitória de Simão Jatene, creio que nos próximos anos, estará devidamente enterrada a Cultura do Pará. O tema sequer foi discutido durante a campanha e quando foi ventilado, o reeleito limitou-se a apresentar obras como Hangar e Estação das Docas. Nem é ridículo ou vergonhoso. É profundamente lamentável. Os atores continuarão amaldiçoados, representados por teatro amador de municípios no maior festival de teatro do mundo. Só rindo. Os músicos, no máximo, receberão dinheirinho para pequenos shows de dois dias. Os escritores estão representados pelo dileto Sectário de Cultura, premiado com um Jabuti por um belo e rico livro, desses caríssimos, que servem de decoração em escritórios importantes. Imagino que com o dinheiro gasto, faríamos uma política cultural por um ano, pelo menos. Pior é ser uma segunda Prefeitura. A Sectaria de Cultura serve apenas a Belém. Sinto muito. Não morreremos porque somos fortes, mas a Cultura, esta, que pena.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

NESTE DOMINGO

As atrizes Malu Galli, Andréa Beltrão e Mariana foram ao programa de Jô Soares falar sobre uma peça teatral que apresentam no Rio de Janeiro, Teatro Poeira. E foi sobre o teatro que se demoraram a conversar, tendo em vista a importância de sua existência e dificuldades em geral. A casa é uma empreitada ousada das atrizes Andréa Beltrão e Marieta Severo, contando com o luxuoso apoio da Petrobrás. Deu tão certo que adquiriram imóvel ao lado, onde antes havia uma oficina. Agora é o “Poeirinha”, com 60 lugares. Já estive lá. É tudo bem feito. Tudo de primeira. Que maravilhoso para atores e técnicos dispor de um local para ensaiar e encenar seus espetáculos. Melhor ainda é contar com um bom patrocinador, que garanta um mínimo de condições para manter vivo o empreendimento. Fiquei pensando no nosso Teatro Cuíra. É claro que há diferenças profundas entre Belém e RJ. Lá, há mercado teatral, profissional e amador. Creio que Estado e Município administram suas casas e programas para atingir outras praças, ou subúrbios. Aqui, não é assim. Há, pelo contrário, total animosidade por parte das “artoridades” em relação aos artistas. Os cargos na área de Cultura são entregues a amadores, malucos, incompetentes, gente que se orgulha da própria cretinice e até se vangloria dela, como método de agredir mais ainda aqueles que produzem Cultura e tentam viver disso. Escrevo isso e penso do alívio que nós, do Grupo Cuíra sentimos, semana passada, ao saber da aprovação de mais um projeto cultural, junto à Funarte. Alívio e emoção por saber que provavelmente, mesmo à custa de sacrifícios, sobreviveremos por mais um ano. Pagaremos as contas de uma casa antiga, datada de 1905, mas hoje viva, muito viva, cheia de idéias e alegria, com cem lugares, ar condicionado e todos os sonhos do mundo.
Já tivemos apoio da Petrobrás, mas ligado a um projeto específico. Não é um patrocínio constante, como o Teatro Poeira. Ah, se isso fosse possível! Fazer Teatro em Belém, é como ter um cavalo ferido de morte e usar de todos os seus esforços para salvá-lo. Você sabe que ele vai morrer, mas não vai deixar isso acontecer.
E os artistas e técnicos, o que fazem entre um projeto e outro? Rezam. Sim, há quem ouse viver apenas do fazer teatral. As contas chegam e não são pagas. Se não há para alimentação e moradia, como fazer para viver? Não são perdedores, infelizes, sem instrução ou força de vontade. São vencedores, talentosos, cultos, gente vital para o desenvolvimento de um povo. São os artífices da Cultura. E no entanto, a situação é terrível. Será que isso pode mudar?

Sábado passado, na Livraria Fox, aconteceu a Flipa, Feira de Literatura Paraense. Nove escritores com seus livros à disposição dos leitores, premiações e palestras reuniram um grande número de interessados. Que bom seria se houvesse uma política cultural profissional no Pará, em Belém. Nesses vinte anos de tucanos, fomos ao mais profundo dos buracos em termos culturais. Uma geração inteira de artistas se perdeu, sem apoio, fomento, sem mercado de trabalho. Neste domingo, cruzaremos uma fronteira. Se o governo atual se mantiver, será o fim de tudo, pelo menos para nós, artistas, pelo tanto que a corda foi esticada. Vai arrebentar. Se perderem, abre-se a chance de recuperar tudo, aos poucos. O dano foi muito maior do que se pensa. Mas vamos nos profissionalizar, atualizar, espalhar por esse imenso Pará. Neste domingo.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

ANTIPATIA


É bastante normal quando percebemos que o “nosso santo” não bate com aquela pessoa. Diferença de atitudes, opiniões, postura, sei lá. Naturalmente você a tratará com todo respeito e civilidade, mas não vai procurar sua amizade, convidar para ir à sua casa, por exemplo. Mas há uma certa estupefação quando, por motivo fútil, uma pessoa se dirige a você de maneira a externar toda a antipatia que sente. Você não havia percebido. Essa pessoa estava naquele grupo, convivia sem grande contato, mas o tratamento era de colega. E em determinado momento ela externa o que estava engasgado, você se assusta e depois, botando a memória para funcionar, percebe que já havia sinais que você não tinha entendido. É confuso. Você agia com naturalidade entre aquelas pessoas, procurando ser quem é, sem grande destaque, participando do coletivo. E vem aquele direto no queixo. Você bambeia, vai para as cordas, o juiz abre contagem e as coisas vão clareando.
O jogo de futebol mal começara. Você joga no meio. Ele, na lateral direita. No primeiro lance ele atira-se ao ataque e por lá fica, indiferente à situação do jogo, que pretendia explorar a ausência naquela posição. Você, preocupado em sair do meio para a lateral afim de cobrir aquele espaço, dirige-se a ele, com um carinho que só é possível durante uma partida de futebol, e recebe de volta uma coleção de palavrões, identificando-o como costumeiro em reclamações e perseguição. Como? Surpreso, você tenta apaziguar os ânimos e recebe outros palavrões de volta. O jogo está rolando. Deixa pra lá. Vai para o outro lado do campo de maneira a não mais cobrir seu espaço ou participar de jogadas com ele. O jogo acaba e você não para de pensar. Lembra que ele, contrariando seu jeito calmo e tranquilo, sempre que você erra uma jogada, reclama fortemente e começa a unir as situações. Não há nenhuma contenda entre os dois. Fora dali, nem convivemos. É antipatia. No seu jeito macambúzio, ele pode estar assistindo quando você chega, conversa, joga, enfim, tudo, quem sabe, antipatizando. E explode nesse momento. Fiquei triste. Todos nós queremos agradar ao maior número de pessoas. Ser aceitos. Procuro fazer o meu melhor, sempre, dentro da civilidade, dignidade e educação. Mas é do gênero humano. A antipatia. Fez-me pensar. Ainda estou pensando. Por isso escrevi. Por isso publico aqui, em meu blog.

VISITEM A FLIPA, NO SÁBADO

Quero convidar a todos a visitar a Flipa, Feira Literária do Pará, que acontece por todo este sábado, na Livraria da Fox, na Dr. Moraes, uma iniciativa espontânea de alguns escritores paraenses, ou que exercem suas atividades no Pará. Dez autores estarão lá, expondo suas obras e também à disposição de leitores para conversas e debates. A idéia inicial foi de Salomão Laredo, um dos nossos mais profícuos escribas, que insurgindo-se contra uma feira promovida pelo Estado, que nunca teve nenhuma política cultural em relação à Literatura Paraense, protestou de maneira criativa, promovendo uma feira, uma espécie de “residência” na Livraria da Fox, com a exposição de seus livros. Aproveitando ser esta livraria a única a ter uma seção especificamente dedicada aos autores da terra e sendo o local ponto de encontro desses escritores, um grupo decidiu criar a Flipa, fato que de pronto recebeu apoio da Fox e da Editora Empíreo. É tudo inteiramente independente, apolítico, tendo por objetivo a constituição de um mercado literário local, a visibilidade desses autores, além do relançamento de obras esgotadas, lançamento de novos escritores e homenagear grandes figuras já desaparecidas.
Os escritores são Aline Brandão, Amaury Dantas, Andrei Simões, Bella Pinto de Souza, Edgar Augusto Proença, Juraci Siqueira, Ronaldo Franco, Salomão Laredo, Walcyr Monteiro e este cronista aqui. Foi criado um Prêmio Nobre de Literatura para o relançamento de obra esgotada e o premiado é Alfredo Oliveira, que terá seu livro “Belém, Belém”, relançado. Outro prêmio é o Fox de Literatura, para novos autores, e neste ano, no gênero Romance, podendo os interessados já enviar seus trabalhos para o site flipara.com.br. Para culminar, fizemos patrono da Flipa 2014 o escritor Jacques Flores, que terá sua obra comentada por Deborah Miranda na tarde de sábado, no que chamamos de “Garapa Literária”.
A Flipa não é um evento único. Sua idéia é crescer, expandir-se, chegar às demais cidades do Pará. Ouvir, debater, ousar, enfim, escritores fazendo por si na ausência daquele que deveria ser o principal fomentador de Cultura, o Governo do Estado. Para o ano que vem, um novo grupo de escritores se juntará a partir de debates, podendo, inclusive, repetir alguns desta edição.
Os escritores estarão à disposição do público desde as nove horas da manhã, até o fechamento da Livraria da Fox, à noite. No meu caso, se me permitem, será um raro momento de ter, em uma livraria, todos os meus livros, principalmente os lançados nacionalmente pela Editora Boitempo, da paraense Ivana Jinkings. Isso ocorre em um momento particularmente auspicioso para mim, que concorro com pesos pesados nacionais a um prêmio na Universidade de Lyon, França, claro, com precaríssimas chances, mas honradíssimo em estar entre os escolhidos. Também por estar no momento escrevendo mais um romance que espero ver lançado no ano que vem e que se desenrola entre Belém, Marajó e Caiena, tocando em assuntos nevrálgicos como ratos d’água e escravas brancas, infelizmente, algo do nosso cotidiano.

É esplendido também reunir-me com meus confrades para uma conversa alegre, feliz e criativa sobre os nossos trabalhos. Trocar experiências e principalmente, encontrar com nossos leitores. Creiam, a Literatura Paraense é muito boa e a partir da Flipa, receberá a atenção devida de todos, dividindo atenção com os best sellers nacionais e internacionais. Espero todos vocês.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

QUE A SANTA CHEGUE QUANDO TIVER DE CHEGAR

Nunca perdi um Círio. Meus pais sempre moraram em um prédio que fica no trajeto da procissão e não tive até hoje qualquer compromisso que me impedisse de assistir o passeio de Nossa Senhora de Nazaré no segundo domingo de outubro. Não que seja católico fervoroso. Prefiro me considerar cristão, o que considero algo bem difícil de seguir. Já presenciei Círios em que a Santa chegou muito cedo e muito tarde. À medida em que o tempo passa, aumenta a multidão. Aumenta o público na Trasladação, considerada por muitos o Círio da classe média, pela ausência do sol e seus efeitos. Estar na casa de meus pais, recebendo amigos e parentes virou uma tradição. Estar com meu pai, que adorava o Círio. Fez algumas músicas a respeito, uma delas “Belém está tão bonita, é o Círio que chegou, vejo caras, vejo gente, gente que nem sei quem é. Belém está diferente..” Hoje moro no mesmo prédio, no centro da cidade e percebo o clima diferente, próximo ao segundo domingo de outubro. Há uma eletricidade no ar. Sotaques diferentes. Pessoas que olham para os prédios com curiosidade. Com meu pai, acompanhei algumas vezes, até a sede do Clube do Remo, onde parávamos para um Guarasuco e ele conversar com amigos remistas. Em casa, feliz, cercado, contando anedotas. Bebida, somente depois dEla passar. E quando acontecia, lá vinha violão e começava a cantoria.
Li no face alguém comentando que antigamente, sem o serviço sonoro em todo o trajeto, era um Círio mais silencioso, mais concentrado, ouvia-se os pés das pessoas caminhando, pouca conversa. Sim, acho que sim. Este ano, felizmente, deu um bug no tal serviço e não o tivemos. Mas aumenta cada vez mais o número de “homenagens” no formato de cantores interpretando músicas alusivas à Nazica. Confesso, sou um dos culpados por isso. Eu e meu irmão Janjo, pouco depois da inauguração do shopping Castanheira, por encomenda do grupo Líder, trouxemos Leila Pinheiro para cantar em frente ao Hilton Hotel. Hoje o Círio corre o perigo de se tornar uma “micareta”. Há vários pontos de vista. Sempre nos queixamos do desprezo da grande mídia, no Sudeste, a não dar a devida importância ao acontecimento, com dois milhões de pessoas nas ruas, preferindo as 200 mil de Nossa Senhora Aparecida. Da falta de um número maior de turistas, afinal, ainda hoje, turista, mesmo, é aquele paraense que há muito mora fora e vem matar as saudades. É uma área de péssimos resultados, essa. Mas também torcemos o nariz quando o marketing se impõe, seja em camarotes patrocinados por grandes empresas, onde é necessário vestir uma camisa (abadá) para entrar, seja quando Fafá de Belém traz alguns convidados, é verdade, a maioria de baixíssima visibilidade nacional, para uma tal de varanda. Sei que da parte de Fafá, a idéia é exatamente trazer pessoas formadoras de opinião para disseminar a importância do Círio. Há várias cotas de patrocínio, o Governo entra, mas não me interessa aqui saber se ela ganha algum pelo tempo e imagem investidos. Enfim, queremos a popularização do Círio, mas ao mesmo tempo queremos que Nazaré seja respeitada, o ritual, a cerimônia, que não seja vista como carnavalesca, atração meramente turística. E aí vem a tal Diretoria da Festa, com suas decisões complicadas. Há iniciativas muito boas como a evangelização através das imagens que percorrem as casas. Mas há outros detalhes a considerar, exatamente no que junta o aumento da fé e o crescimento da cidade. Frequentei o Arraial de Nazaré enquanto pude. Grandes lembranças. Mas a cidade cresceu e engoliu o Parque de Diversões e Bares onde reinava Edna Fagundes e seus boleros mortais. O Parque atual é inseguro e caro. Mas ainda há quem, do interior, venha visitar Nazaré na Basílica ou ali na Praça e depois vá brincar. O que precisa ser remodelada é a cerimônia de encerramento, na noite de domingo. Antigamente, os foguetes eram estourados ali mesmo, em frente à Basílica. Depois, ao lado. E agora, temos a proibição do Ibama, que tem lá suas razões, mas principalmente, há hospitais e idosos que não merecem ter ouvidos agredidos por algo que, no fundo, no fundo, é queimar dinheiro. A praça e o parque viram uma bomba pronta a estourar. Ladrões, agressões, há de tudo. A cidade cresceu. Precisa mudar. E precisa chegar tão cedo o Círio? Parabéns à competência, mas o Círio é mais do que isso. É um ritual. A Santa passa, nos descabelamos, choramos, pedimos, depois nos confraternizamos e esperamos o almoço. Quem acompanha o Círio, também, espera chegar no final da manhã para voltar para casa, tomar um bom banho e almoçar as comidas típicas. Parem de ser tão modernos e competentes. Eu, distante, confortável, assistindo, preferia a corda antiga, com dois lados, mas recolho-me à minha ignorância após as explicações do engenheiro Charone. E Nazaré passa depressa, ao comando de apitos, ufa ufa, vamos chegar cedo. Nada disso. Que chegue na hora em que tiver de chegar e pronto. Círio começa quase uma semana antes, quando recebemos parentes no aeroporto, saímos para festejar, Círio Fluvial, Arrastão do Pavulagem, Trasladação, Chiquitas, Círio e almoço.

Neste domingo, quando a multidão acabou de passar, desci à Presidente Vargas. Havia um ar rarefeito no asfalto. Passara um tornado. O chão tinha uma mistura de copos de plástico, papeis brilhosos, confete e algo difícil de explicar, talvez resto de pele, resto de gente que passou ali pisando e repisando. Resto de pensamentos, resto de energia. Ao lado, as mulheres de um coral se despediam. Alguns garis se posicionavam, carros eram contidos por guardas e lá na frente, ia aquela parede humana, acompanhando Nazaré. Ainda no dia seguinte a Presidente Vargas ainda estava se recuperando. Como um vácuo. E já estamos com saudade dEla. Até para o ano, Nazaré.