quarta-feira, 21 de julho de 2010

A Educação péssima no Pará

Acabei de ler em uma coluna do Estadão, uma frase ótima, dizendo "o Brasil ficou em sexto lugar na Copa e todos choraram, mas ficou em octagesimo quinto lugar em Educação, no mundo, e ninguém diz nada". Pior ficamos nós do Pará, em um dos últimos lugares, em relação aos outros Estados. E não dizemos nada. Alguns ficam até indignados, mas o que é feito? Sou apenas um escritor e jornalista e imagino que medidas técnicas se imponham, de maneira a alcançar toda a rede, incluindo professores em qualidade e número, escolas em qualidade e número e sei lá, tantas outras ações. Porque será que, aparentemente, nada é feito? Que aparentemente nada, cara. Estamos em um dos últimos lugares!
Passam as férias na casa de minha namorada, duas crianças. A primeira, de nove anos, morava em Icoaraci e agora está em Benevides. A segunda, já não posso chamar de criança, tem 14 anos e estuda na melhor escola de Abaetetuba. Posso dizer que desprezando pouca coisa, ambos estão no mesmo nível de conhecimento, muito próximo de zero. Não sabem ver as horas. Não sabem os Estados do Brasil. Além de Pedro Álvares Cabral, pouco mais imaginam. Em matemática, pior ainda. Em Português, um escândalo. É na base do "pra mim fazer", "nós ia" entre os mais simples. E ainda contam que as professoras falam assim. Não conseguem reter conhecimento. Estudam, tentando decorar, mas não conseguem. Não conseguem manter a atenção por mais de cinco minutos. Ambos conhecem toda a programação do SBT e Record. E as músicas bregas também. A situação é tão terrível que não sei mais o que dizer. Essa geração já está aí, sem condições de saber mais, de se desenvolver, ser gente, brilhar com seu intelecto. E ninguém faz nada.

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