terça-feira, 29 de outubro de 2013

Uma nova Copa do Mundo

O brasileiro Diego, atacante que se tornou famoso jogando no Atlético de Madri, convocado para a seleção brasileira, prefere jogar pela Espanha. Tem suas razões. Não jogou suficientemente no Brasil. Ninguém o conhece a não ser pela tv. Felipão não parece tão disposto a apostar nele para o ataque nacional, ao contrário dos espanhóis. Isso me leva a pensar, novamente, em algo que escrevi há algum tempo, que talvez ainda pareça difícil de aceitar, mas que considero inexorável.
Quando Jules Rimet inventou a Copa do Mundo, a realidade era outra. As seleções viajavam de navio para o local do torneio. As comunicações também eram lentas. Assim, em uma Copa, era uma delícia assistir o enfrentamento das diferentes escolas de futebol do planeta. Os russos e seu futebol científico. Os ingleses com suas bolas aéreas. Brasileiros e argentinos. Enfim.
O mundo mudou. Muito. Acabaram as distâncias. As comunicações. Os meios de transporte. O profissionalismo fala mais alto. Há muito dinheiro envolvido. Patrocínios, prêmios, salários. Jogadores brasileiros estão espalhados pelos mais longínquos lugares. Outras nacionalidades, também. Os clubes, que gastam fortunas, detestam ceder atletas para seleções. Atrapalha o calendário. Há risco de contusão. Há desgaste. A Fifa está cada vez mais frágil, mercê de escândalos internos.
E os jogadores? Para alguns, ser convocado significa prestígio. No Brasil, empresários ladinos conseguem convocações para então negociar atletas. Para os craques, um fardo. Vivem outra realidade. Um mundo diferente, na Europa. De repente, precisam vir ao Brasil. Aproveitam para rever amigos. Na hora do jogo, não se esforçam. Sabem que são intocáveis. E logo depois, retornam em jatinhos fretados.
Hoje, nossos jogadores, maioria, joga lá fora. Há uma nova maneira de jogar. Sua habilidade é importante, mas há toda uma dinâmica que assistimos na tv. Um jogo diferente do praticado aqui, por jovens atletas, loucos para se destacar e ir embora e veteranos que não vingaram lá fora e retornaram para encerrar carreira.
A Copa deixou de ser um encontro de escolas de futebol. É como se os europeus formassem novas equipes para um torneio rápido, realizado em período de férias, com tudo a perder, no que diz respeito ao descanso dos jogadores e o reinício de seus campeonatos.
Minha idéia: cada país faz uma seleção dos atletas que atuam em seu território. Sim, seria uma disputa entre Inglaterra e Espanha, primordialmente, mas seria mais interessante. Como você escalaria a Espanha? E nós escalaríamos como nossa seleção? Vaga para uruguaios, argentinos e chilenos que aqui jogam? Para mim, seria muito mais interessante em todos os aspectos. Torceríamos para jogadores com os quais convivemos. Um torneio profissional, totalmente.

O difícil seria convencer essa turma chata, vibrar, nos vários meios, sem meter essa coisa de amarelinha, coração, pátria e hexa, totalmente absurdos. Ainda parece estranho? Está espantado?

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

A assistente de Huck vai posar nua

A assistente de Luciano Huck vai posar nua. Não sei seu nome. Vi uma foto, vestida. Não assisto Huck. Tenho um certo nojo dele, comovendo o Brasil com pessoas pobres, sofrendo para, por exemplo, acertar uma flecha no alvo e assim ganhar uma casa, um carro, sei lá, enquanto o apresentador fatura milhões. A assistente vai posar nua. Declarou que levou meses pensando no que iam pensar os pais. Eles disseram que ela devia fazer o que a fizesse feliz. Vou dividir o cachê com eles, para pagar o tanto que fizeram por mim. E assim, caminhará para o cadafalso, estúdio de fotografia. Seu corpo será exposto feito carne em açougue. Seus pelos totalmente depilados. Como aqueles frangos na vitrine de cachorro. Será a nova mártir da mídia. Suas fotos estarão na internet, borracharias, banheiros, bancas de revistas. A câmera desvendará seu corpo como em um exame ginecológico. Ela abrirá as pernas generosamente ou empinará a bunda, para que vejamos o interior de sua vagina e de seu ânus. Alcançará o seu mais profundo ser? Sua alma? Será que é um sacrifício? Afinal, a moça, mais um dos artifícios de Huck, apresenta-se de maneira sempre sensual. Seus vestidos são sempre apertados, destacando suas curvas. Sim, é mais uma mártir da mídia, mas certamente tem total consciência disso. Não a conheço, não sei se pessoalmente tem outras aspirações. Afinal, todas entrevistadas têm um projeto de tv, programa de entrevistas, que nunca irá ao ar. É importante dizer que não sou nenhum carola e gosto de mulheres. Mulheres nuas. Mas ao longo dos anos, o nu que transforma essas mártires em corpos olímpicos, coxas enormes, quase rãs, seios gigantescos, bocetas e cus depilados, mistura de Barbie, ginastas e bebês, alimentando a pedofilia de tantos, foi me afastando das revistas nas bancas. Até a Playboy vai acabar. O que elas perseguem? Jabor disse, com razão, que viram bundas que falam, e não mulheres com bundas grandes. O que tem a dizer a mulher morango e que tais? Um peido? O que procuram, mostrando-se no instagram levantando pesos absurdos, tomando bombas. E a arte de vestir-se despindo-se, sempre oferecidas, sexo à disposição. Algumas cobram da maneira tradicional, outras em notícia, contratos. O que têm a dizer? Nada. Aquela exuberância esconde um vazio brutal. Quanto maior a coxa, menor o pensamento. E essa coisa de bunda, não é? Antigamente, as bocetas eram o alvo. Cabeludas, misteriosas, guardadas por aquela floresta de pelos. Hoje, descobertas, viram alvo de cirurgia para deixa-las mais.. bebês? Agora é a bunda, o cu que ficou importante? Quando posam, não viram de frente para mostrar a boceta e sim de costas, empinando a bunda. Desvio nos assuntos. Como se estivesse pensando alto. A assistente de Huck. Pareceu bonita, sem coxonas e peitões. Mas depois das fotos, precisará decidir se vai continuar na mídia, malhando, adotando alguma fruta, tipo melancia para apor ao seu nome ou voltará a assistir o narigudo apresentador?