A mais recente capa da Rolling Stone nacional é a americana Britney Spears. O exemplar original tem Bruce Springsteen. Antes, foi Barak Obama. Viciado em leitura, compro publicações sobre música desde que me entendo. O Bondinho, Rolling Stone, por exemplo. Melody Maker, que nem existe mais. Billboard, NME e várias outras como Q, Mojo, Uncut, Word, Artrocker, Plan B, Revolver, enfim. Já assinei várias. Antigamente, quando viajava, trazia até excesso de peso, por conta de revistas. Hoje, não compro mais, a não ser que tenha alguma matéria, com mais de três páginas, que me interesse. O resto, vejo na versão online. Quem ousou trazer a Rolling Stone pro Brasil foi um grupo argentino. Quem ainda está lendo revista de música em papel? A indústria quer vender o quê? O jovem vai ler? Não dá para entender.
Quando vamos aos jornais, a situação fica pior. Lúcio Flávio, um dia desses, revelou alguns números relativos à tiragem dos nossos jornais. Em uma cidade com quase 2 milhões de habitantes, tirar 25 mil exemplares diários é algo sem tamanho. Pior é que se criou um ambiente viciado, pois lêem os jornais, certamente, os viciados como eu, pessoas mais velhas, por assinatura, concorrentes, agências de propaganda e órgãos federais, estaduais e municipais. Ainda há encalhe! Ficam as perguntas a respeito do preço que cobram por suas páginas, esses jornais. Supondo 3 leitores por jornal, são 75 mil pessoas, em um universo de quase 2 milhões! Permitam-me pugnar pelo meu rádio, que atinge o triplo, pelo menos, a cada cinco minutos. Mas é o rádio e "não deu no jornal", enfim. Uma das minhas alegrias atuais é chegar no Rio de Janeiro e comprar O Globo e Jornal do Brasil. Atualmente, leio ambos pela internet. Mas as experiências mostram que até agora, aquilo que é obtido em comercialização, via web, não chega a 30% das despesas dos jornais com suas redações. Vários jornais, nos Estados Unidos e Europa estão desesperados. Li em algum lugar que o próprio Sarkozy, presidente da França nas horas vagas em que não está (argh!) namorando Carla Bruni, pretendia oferecer dinheiro aos jornais, corte nas tarifas postais e assinatura grátis a leitores jovens, para se engajar na luta pela imprensa, pela leitura. Isso será, se verdade, um tremendo erro, pois deixará a imprensa de mãos atadas para cumprir seu principal dever de fiscalizadora da sociedade. Jornais patrocinados? Bem, digamos que já temos isso por aqui. Blogs? Com o fim dos jornais, será a vez dos blogs? Patrocinados? Com que credibilidade?
Leio com desespero uma coluna da revista Troppo, que focaliza uma pessoa e suas leituras. Não há jeito, é sempre um livro de auto ajuda. Será que ninguém mais gosta de romance? Autor paraense, nem pensar..
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