sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Dolce far niente

Não vou dizer a ninguém como se comportar. Cada um que leve sua vida como melhor lhe aprouver. À parte isso, não como não sentir desconforto como essa espécie de pacto, feito entre as pessoas, para descansar uma semana inteira, por conta dos festejos do carnaval. Novamente, nada contra. Quem pode, que descanse. Quem não pode, mas precisa se apresentar, que o faça. Mas não há dúvida que, nos dois primeiros meses do ano, a produção de negócios já diminui, que estamos assistindo uma onda econômica que começa a engolir gente grande e chega por aqui, no mínimo, porque assistimos tv e criamos medo de consumir, diminuindo ainda mais o ritmo dos negócios. Há pouco dinheiro circulando. E então, vamos todos para as praias, curtir o carnaval. Vejam que por conta do fosso criado entre a classe média e a classe mais popular, nem se fala em brincar carnaval. Vão às praias. O povão, este, nos subúrbios, até pode entrar em algum bloco de sujo que passar, mas vai ficar é trancado, por causa da chuva e por falta de opção, assistindo tv. E tudo isso para enfrentar engarrafamentos, despreparo completo das cidades visitadas, ruas esburacadas, chuva, carapanãs.. Se são jovens, tudo bem, topam tudo. Se não são, me desculpem. Em vez desse pacto, devíamos todos estar trabalhando. Sem querer dar uma de Caxias, também gosto de folga e me considero preguiçoso, mas não há como ficar parado uma semana! O pior é que pessoas que decidirem ficar e trabalhar, não conseguirão, a menos que o desenvolvimento de suas atividades não necessite de outrém. No meu negócio, decidimos trabalhar na segunda feira, para desgosto de muitos, que preferem folgar a aceitar que nem sendo feriado oficial, são os patrões que pagam pelo dia não trabalhado. E não há nada melhor do que em uma segunda feira dessas, colocar em dia todas as pendências que em dias normais, não conseguimos contornar e vamos adiando. O mundo pega fogo e nós, brasileiros, vamos ao carná..

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