When you're strange é o documentário feito por Tom Dicillo sobre a banda americana The Doors. É muito bom. Curioso que quase não curti o grupo, sendo mais atingido por Beatles, Rolling Stones, Janis e Hendrix. Talvez tenha sido falha da gravadora na questão da divulgação. Talvez porque a música dos Doors fosse estranha, diferente. Mesmo Light my Fire, que não é de Jim Morrison e sim de Robby Krieger, foi sucesso aqui em Belém com o violonista cego Jose Feliciano, em arranjo magistral. A música dos Doors é estranha. Seus integrantes vieram do jazz. O guitarrista Krieger preferia o violão onde arpejava como um flamenco. O baterista John Densmore tinha uma técnica mais próxima da bossa nova do que rock. E Ray Manzarek era um organista que fazia o contrabaixo nos teclados. Quando chegam perto do rock é quase um tatibitate como Hello I Love You, ou Break on through to the other side. A diferença está nos versos de Morrison. E em suas performances. A partir de um certo momento, não há mais controle. Jim, à frente, bêbado, chapado, vai inventando, declamando e atrás a turma improvisando. Um shaman em sua cerimônia. Foi uma espiral e tanto.
Somente fui realmente gostar dos Doors após o filme de Oliver Stone, com Val Kilmer no papel de Jim. Ali deu para sacar tudo. Curioso no documentário é notar o quanto Stone e Kilmer se aproximaram do real. Como era a época em que viveram. A coincidência de Jim, Janis e Jimi (todos começando com J), morrerem aos 27 anos, cheios de glória. O som dos Doors é estranho, diferente, mas super rock and roll.
Um comentário:
Eu adoro!
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