quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

As Copas no Brasil, Russia e Qatar

Nos próximos dias leremos comentários mais informativos a respeito da escolha de Rússia e Quatar como países sede das próximas Copas do Mundo. A escolha foi em Zurich, onde fica a sede da Fifa, esta entidade particular, com número de países filiados maior que a ONU e que passou a crescer assustadoramente após a passagem por lá de um certo João Havelange, que ao sair da CBF, no Brasil, deixou em seu lugar Ricardo Teixeira, casado com sua filha. Ao deixar a Fifa, deixou em seu lugar outro assecla e aos poucos, vamos chegando ao absurdo. Hoje, o que menos importa é o futebol. Há muito dinheiro envolvido. Para ir à África do Sul, quase inóspita para futebol, terra do rugby, bilhões foram gastos em estádios que, ou serão abandonados ou transformados para a prática do esporte mais popular. A imprensa local denunciou mas foi abafada. Aqui no Brasil, os mesmos absurdos, como reconstruir o Maracanã, desprezar o Morumbi, desprezar o Vivaldão em Manaus. Esse último, então, é um escândalo, pois o futebol local não existe mais. Ricardo Teixeira acaba de ser acusado de corrupção. E a Copa aqui nem começou. E na Rússia? E no Qatar? Se fizessem na Inglaterra, não gastariam quase nada em construção. Preferiram a Rússia, onde o futebol é disputado em época diferente, tendo em vista o frio que faz na maior parte do ano. Um país que enfrenta graves problemas entre ditadura, democracia e máfias. O ex-presidente Putin nem foi a Zurich. Disse, antes do resultado, que era um absurdo deixar a Rússia de fora. Um blefe, claro. E no Qatar? Quase ninguém vai aos campos, todos artificiais. Muito dinheiro. Isso deixando o esporte de lado. Falando nele, a Fifa nem quer saber, mas as Copas vêm perdendo interesse há muito tempo. Disputada no período de férias para os atletas da Europa, recebe seleções de craques milionários, estressados, machucados, cansados e que somente para atender contratos, algum patriotismo e prêmios, aparecem por lá. Ganham de seus clubes salários estratosféricos, mas são cobrados violentamente no físico e psicológico. Chegam à Copa arrasados. Copa do Mundo, mesmo, é a Copa dos Campeões, onde estão os grandes jogadores, no seu ápice, defendendo seus clubes. Até quando essa roubalheira irá?

2 comentários:

Francisco Rocha Junior disse...

Acho que já fiz o mesmo comentário antes aqui, concordando contigo: para o amante do bom futebol, realmente a Champions League é muito mais interessante.

Quando isso vai acabar? Nunca. Basta olhar os prováveis sucessores do Blatter: Jérôme Valcke é um escroque; Ricardo Teixeira, nem se fala. Esses são os caras que administram o futebol no mundo. Sem querer ser derrotista, as perspectivas são as piores possíveis.

Abs.

Blog do Felipe disse...

Nem precisaria escolher o Reino Unido ou a Inglaterra... Londres está pronta!
Mas o dinheiro da máfia e os petrodolares falam mais alto no bolso daqueles que comandam o futebol.