sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Filho do Hamas

Acabei de ler o livro com a história de Mosab Hassan Yousef. O assunto está todos os dias nos jornais. Me interessa. Já escrevi um conto para uma coletânea de edição nacional, chamada "Entre Guerras". Para minha sorte, houve sorteio de temas e me caiu, justamente, o conflito entre árabes e judeus. Minha amiga Silvana, que mora em Londres, foi tocada por alguns desses levantes que ocorrem quase sempre entre as partes. Foi a manifestações, reuniões, tudo em Londres, e ficou do lado dos palestinos. Não vejo muito assim. Todos sabem que quando todos têm razão, acontece uma tragédia. O livro de Mosab vem mostrar que pelo menos do lado do Hamas e outros como Arafat, a guerra não pode parar. Sem ela, eles não existem. Não recebem dinheiro, armas, nada. Não têm interesse em seu povo, mas somente em liquidar Israel. Do lado dos judeus, claro, há muitos erros, também. Mas eles, pressionados pela comunidade mundial, principalmente EUA, já fizeram boas propostas de conciliação, recusadas pelos radicais, pelos motivos citados. Enfim. O livro. Muito redondo. Bate tudinho. Achei isso demais. Será verdade? O pai de Mosab é um islâmico ferrenho, que segue o Alcorão, e por isso prega a palavra de Alá. Mas aí vêm os israelenses, vistos como inimigos. Ele joga pedras. Adolescente, vai preso. O pai, também. Mas não desiste da palavra, ao invés das armas. Dentro da prisão, Mosab conhece os métodos do Hamas. Alguém do serviço secreto de Israel o convida para ser agente duplo. Ele concorda. Primeiro acha que liquidará israelenses dessa maneira. Mas os judeus parecem certos, ele concorda com suas idéias. Começa a frequentar um grupo que estuda a Bíblia. Vira cristão. Agora começam as intifadas, reuniões de cúpula, Prêmio Nobel para Arafat e Peres, creio. Mosab protege o pai que é sheik, mas vai delatando todos os criminosos que planejavam ataques suicidas. Salva muitos israelenses, mata muitos palestinos. Escapa e vai morar nos Estados Unidos. Será mesmo verdade? Acho que vou dar uma espiada no Google e tentar achar o nome do pai e tal.

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