quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Disparando para todos os lados

Li a entrevista de Walmir Bispo, superintendente da Fundação Curro Velho, publicada no Diário do Pará, creio. Walmir foi uma das boas figuras do governo Ana Júlia. Agradeço a ele a contribuição para algumas realizações feitas em parceria com o Cuíra. Contudo, creio que é o momento do Curro Velho ter seu trabalho realmente planejado. Para que serve? Quando foi criado, parece que a idéia era trabalhar com o público do bairro ao lado, extremamente pobre. Se montaram um Curro Velho em Belém, deveria haver outros em todo o Estado. Ou então deveria ter sido iniciativa municipal. Trabalhar com a comunidade, realizar oficinas para jovens. Ao longo do tempo, embora sempre haja crianças chegando, houve uma estagnação. E veio o Iap, que também realiza oficinas, mais direcionadas a artistas que visam um crescimento profissional. O erro que Jatene cometeu ao fatiar a Cultura, erro seguido pelo PT, foi que os órgãos passaram a disparar para todos os lados, sem acertar o alvo. O Curro, segundo Walmir, teve diversas ações no interior. Para quem? Ligadas ao quê? Assim, são tiros n'água. Ouvi certa vez o diretor do Waldemar Henrique anunciando iniciativas no interior. Mas o "Waldemar" é apenas um teatro.
Cultura hoje é algo sério, profissional, não só cumprindo o que está na Constituição, mas também dando empregos e trazendo impostos. Precisa funcionar como um sistema, uma idéia articulada.

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