segunda-feira, 14 de junho de 2010

No mais alto volume

Não me peçam explicações. Meu método de leitura dos incontáveis livros que compro é caótico, mas eu sei por onde começar. Somente agora li o livro "De A-Ha a U2", do jornalista Zeca Camargo, hoje reporter e apresentador do Fantástico. Egresso da MTV, Zeca é um dos poucos a conseguir sobreviver na Grande Irmã. Lista, em ordem alfabética, os artistas que já entrevistou, seja para MTV, seja para Globo. Também comenta discos importantes. Nada assim imprescindível. Talvez uma boa leitura para avião. Mas escreve fácil, leve, divertido. Me deixou pensando, lembrando da minha carreira liliputianamente diferente, como entrevistador de artistas que por aqui passaram, e também em viagens. Fui ao Recife para o lançamento do novo disco de Elba Ramalho. Hotel 5 estrelas em Olinda, farra e festa de graça. Foi bom porque compus a trilha sonora de "A Terra é Azul", para o Experiência. Fui ver Wando no Olympia, São Paulo, distribuindo calcinhas. Elymar Santos no Asa Branca, Rio de Janeiro. Oasis no Credicard Hall, acho, Rio. Lembro, na van em que íamos para o show, uma gaúcha metida e cheia de sotaque, dizendo que aceitara o convite somente por causa da viagem, uma vez que trabalhava na FM Atlantida, PoA, e considerava o Oasis, muito farofa. Aos primeiros acordes de Roll with it, mudou de idéia e dançou. Bons tempos.
Assisti ao documentário "It might get loud", que flagra o encontro entre Jack White (White Stripes), The Edge (U2) e Jimmy Page (Led Zeppelin). Uma delícia. Muita guitarra. Page tocando alguns compactos de sua coleção de blues. Jack construindo o que chamamos "pau elétrico", com o auxílio de uma garrafa de vidro. O estúdio de Edge e a descoberta do riff de um clássico do U2 em uma fita cassete, com demos. E finalmente, a melhor tomada. Page toca o riff de "Whola Lotta of Love" para seus dois companheiros que ficam embasbacados, olhar distante, como qualquer um fica ao lado de um deus da guitarra, como Page.

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