Não pode haver notícia mais triste, quanto a do fechamento de um teatro, biblioteca, cinema, livraria, por exemplo. Devíamos, todos, chorar. O fechamento de um centro gerador de Cultura, deveria ser terminantemente proibido. Sei lá, fugir às regras do mercado. Li em uma placa no shopping boulevard, que agora em julho deverá ser inaugurada a Saraiva, cadeia nacional de livraria. Ao mesmo tempo, o encerramento de atividades da Jinkings. Conheci e admirava muito Raimundo, o velho Jinkings, bem como Dona Isa e os meninos, pelos quais tenho afeto. A dona da editora Boitempo, da qual faço parte da lista de autores, Ivana, é outra grande amiga. Mas isso é de menos. A livraria foi, durante muitos anos, tradução do local de Belém onde comprar livros. Com todo respeito aos concorrentes. Comprei ali, provavelmente, mais da metade de toda minha biblioteca. O quanto bebi de Cultura!
É uma terra hostil, realmente, nossa Belém de hoje, para com a Cultura. Seja bem vinda, Saraiva. Minhas lágrimas para a Jinkings. Ficamos mais pobres. A chegada de uma não desculpa a ida de outra. A estupidez está ganhando de goleada a inteligência em Belém.
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