quinta-feira, 6 de maio de 2010
Cem Anos da Praça da República?
Posso estar errado. Mas é que estava passeando com meu Brownie pela Praça da República e claro, contemplando toda a maldade com que o logradouro é tratado, sentindo o cheiro da cannabis, passando entre bebuns, malucos, casais héteros e homos, pivetões, enfim, quando olhei para o chão, ali no belo e tristemente machucado monumento à República. Li 1o. de Fevereiro de 1910, Parque João Coelho. Bem, Parque João Coelho é o nome oficial da praça, até onde enxergo. Com o tempo, esqueci quem foi a figura e acho que bem poucos sabem. Moro ali desde que nasci e a praça foi meu playground, minha Disney, em todas as fases pelas quais passou. Mas é que, se o Parque foi oficialmente inaugurado em 1910, teríamos deixado passar em branco seu centenário? Puxa, seria o cúmulo. Se for verdade, ainda haverá tempo para alguma coisa? Sem Cultura, sem saber da nossa História, andamos em cidades sobre cidades, ruas sobre ruas, sem saber onde estamos pisando, quem pisou antes de nós e deixou tudo isso que encontramos e ao que parece, tentamos ferozmente destruir. E domingo vem aquele pessoal para fazer churrasco ao ar livre, manifestações de todos os matizes, comércio desenfreado, bêbados, ladrões, a pisoteá-la, feri-la de morte. Olho para a estátua, solene, majestosa, pensando que mantém a fronte erguida, com medo de olhar para baixo, em volta e ver no que nos transformamos.
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