Também não concordo. Não é assim que se faz. Foi certamente a partir de posts em blogs famosos da cidade, chamando atenção para o fato que o TJE se pronunciou, proibindo nossos jornais de veicular fotos chocantes de pessoas assassinadas, feridas ou de alguma maneira vitimadas pela violência. Realmente, a coisa já havia passado dos limites há muito. O pior é que deve haver alguma pesquisa garantindo ser essa exposição "mundo cão", algo que resulte em aumento de vendas, algo assim. Porque ultrapassa o bom senso. Jornais, hoje, em Belém, vendem cada vez menos. E é curioso que as agências de publicidade se submetam aos preços cada vez mais altos que cobram, quanto menor sua leitura. Está certo, é um público seleto, dividido entre aposentados, funcionários públicos, jornalistas e alguns viciados. O resto não lê porque a falta de Cultura afasta, ou porque acha o preço caro e prefere assistir a televisão, ouvir o rádio. Não há nada que sustente que este público seleto, de poder aquisitivo, presumida Educação, adore contemplar, diariamente, o festival sangrento de fotografias no Caderno Policial. Parecia um campeonato tipo quanto pior, melhor.
Agora, por outro lado, quem vai garantir os limites dessa bobagem sangrenta? Não pode ser o TJE. Não há parâmetros. É censura e por isso, inaceitável. A sociedade devia continuar se mexendo, protestando, até se fazer ouvir pelos proprietários dos jornais. Assim é que devia ser. A campanha dos blogs, por exemplo, se fez ouvir. Mas não concordo com censura. É uma abertura perigosa. Mas convenhamos, também, que os donos dos jornais precisam de um pouco mais de sensibilidade, ou então vêm em suas folhas e demonstram, por pesquisa, que uma maioria de leitores gosta e exige as tais fotos. Hoje em dia, já não meto a mão no fogo por nada..
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