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E as
eleições, hein? As redes sociais bombaram. Creio que nos levaram a uma tensão
de participação inigualável. Quase todos postaram opiniões, discutiram,
brigaram. Houve muitos insultos e creio que, nem na eleição local para
governador e a nacional ou para presidente, haverá quem seja convencido por
argumentos de um ou de outro. Quase não me manifestei. Não era minha praia e
tal como foi, qualquer opinião resultava em beligerância, insultos e que tais.
Melhor ficar assistindo. Na véspera, postagens de todos os lados aventavam
possibilidades absurdas. O mundo não é mais o mesmo. E não mudo minha opinião,
nem aqui no Pará, nem no Brasil. Viva a democracia.
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Com
a vitória de Simão Jatene, creio que nos próximos anos, estará devidamente
enterrada a Cultura do Pará. O tema sequer foi discutido durante a campanha e
quando foi ventilado, o reeleito limitou-se a apresentar obras como Hangar e
Estação das Docas. Nem é ridículo ou vergonhoso. É profundamente lamentável. Os
atores continuarão amaldiçoados, representados por teatro amador de municípios
no maior festival de teatro do mundo. Só rindo. Os músicos, no máximo, receberão
dinheirinho para pequenos shows de dois dias. Os escritores estão representados
pelo dileto Sectário de Cultura, premiado com um Jabuti por um belo e rico
livro, desses caríssimos, que servem de decoração em escritórios importantes.
Imagino que com o dinheiro gasto, faríamos uma política cultural por um ano,
pelo menos. Pior é ser uma segunda Prefeitura. A Sectaria de Cultura serve
apenas a Belém. Sinto muito. Não morreremos porque somos fortes, mas a Cultura,
esta, que pena.
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