quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Luli Radfahrer

Não estive presente ao lançamento do Diário On Line, novo site do Diário do Pará, adaptando-se aos novos tempos, mas meu irmão voltou encantado com um dos palestrantes, Luli Radfahrer, embora nem tudo tenha escutado, uma vez que a balbúrdia do ambiente não permitia. Realmente, não era o melhor lugar. De qualquer maneira, acessamos seu blog. O cara é muito bom. Uma de suas preocupações no momento é com a possibilidade de termos a escolha única sobre o que desejamos saber. Luli diz que quem tem o controle sobre o que vai ver, acaba conscientemente evitando idéias, sons e imagens com as quais não concorda ou não gosta, e assim não exercita seu espírito crítico e imaginação para conhecer aquilo que é novo. Penso no jovem na frente da tela, evitando assuntos que lhe pareçam chatos, desagradáveis, mas que acabam sem a riqueza da informação, virando cdfs bitolados em apenas um assunto. Luli quer que a rede some simplicidade, acessibilidade, gente se exprimindo, se comunicando e se encontrando, mais idéias diferentes se misturando na tal ansiedade de inovação. E somente com Cultura se pode fazer frente aos tempos modernos, tão esquisitos, as coisas acontecendo tão rápido que nos fazem ficar paralisados e sem reação diante da novidade. O choque entre aquele que maneja seu iPad e o outro que é camelô. Um é interessado nos próximos lançamentos, sabe como tudo funciona. Outro, passa o dia na barraca, batendo papo, arengando com os outros, vendendo seus produtos, de repente vem um iPad e ele inventa um nome, aprende que arrastando o dedo na tela acontece isso e apertando o botão aquilo. Esse fosso é absurdo e está liquidando nosso Estado. É outro assunto? Então escrevo em outro post. Procurem conhecer o Luli.

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