quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Baarìa

É o filme a ser assistido. Como um retorno aos anos 70, quando formei minha consciência cinematográfica, assistindo no Cinema Palácio e também no Catalina, da Base Aérea, obras de Visconti, Fellini e Buñuel, entre outros. Baarìa parece autobiográfico de Giuseppe Tornatore, contando a história do garoto Giuseppe, ou Peppino, morando na Sicília, Palermo, antes da Segunda Guerra Mundial, que também assiste, com a chegada dos fascistas do Duce Mussolini. Cresce, casa com a menina mais linda, tem filhos, torna-se político, Partido Comunista, é candidato em belíssimas e poéticas cenas de uma Itália que sofre com a fome, falta de Educação, Cultura, Saneamento, mas que em um dado momento, começa a encontrar seu caminho. E ao final, retornamos à mesma rua, mesma casa, agora com tudo asfaltado, prédios e a casa, sim, a casa, sendo totalmente reformada, muito lindo. E lembro de mim, criança, passeando de bicicleta sobre o asfalto da Presidente Vargas, a mesma por onde, hoje, vou e volto de casa para o trabalho. A vida é um piscar d'olhos.

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