quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dennis Hopper morreu

Uma pena. Um super ator. Morreu aos 74 anos, câncer de próstata. Deu algumas entrevistas bem esclarecedoras sobre sua vida, coisas que não sabia e quero dividir com vocês. Estreou no cinema em Gant, de 1956, mas fez Rebel without a case, o clássico, um ano depois, ao lado de James Dean, Natalie Wood, Sal Mineo e Nicholas Ray. Tá pra vocês? Ele também achava que Dean era um milagre, alguém que iria reinar como melhor ator e diretor de cinema. E então ele queria fazer um filme com Peter Fonda e não conseguia dinheiro. Alguém veio e quis filmar Easy Rider. Ele dirigiu e atuou. Foi o que foi. Retrato de época. Jimi Hendrix na trilha sonora. On the road. Motos, fumo, psicodelia. E lá em frente ele está em Apocalypse Now, de Coppola. Tá pra vocês? Um ator intenso, de gênio terrível, o que lhe valeu problemas e como direi, uma marca, um tipo de atuação. Virou um grande colecionador de arte moderna. Filmou com Babenco Ironweed, muito bom. Pouco visto. Pouco americano, quem sabe, o filme. Ressurgiu em Blue Velvet, fazendo aquele gangster viciado, fazendo o público nervoso, desconfortável. Creio que Nicholas Cage, recentemente, será em Vício Frenético? um policial também viciado, conseguiu o mesmo efeito. Que grande figura nós perdemos. Nas mesmas Rolling Stone e Interview, via iPad, li uma entrevista com Bret Easton Ellis, um cara que escreveu alguns romances bem chocantes e modernos. Muitos não gostam, sei lá, mas eu gosto, me inspirou muito na escrita. Começou com Less than zero, romance sobre garotos angelenos, filhos de pais da indústria cinematográfica, ricos e malucos. Teve O Psicopata Americano, que também virou filme, mas nem perto do livro, tão chocante em violência, seja em atos, seja em marcas de roupas e artigos de luxo. Muitos outros, como Glamurama e Os Informantes. Seu livro novo é Imperial Bedroom e trata como uma volta ao primeiro livro, reencontrando alguns personagens e o momento que vivem, hoje. Espero ansiosamente.

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