sexta-feira, 6 de novembro de 2009

O que as pessoas pensam de você?

Essa é mais difícil. Lembro que, a cada vez que alguém ergue uma máquina fotográfica e percebemos, há uma movimentação em nosso corpo. Assumimos, cada um, a persona que por algum motivo, queremos que seja capturada naquela foto. Alguns mexem os ombros, outros abrem um sorriso Colgate, baixam o rosto, mulheres dão valor ao busto, qualquer coisa, menos a gente. Isso, não deixamos que seja capturado. Quais são os sinais públicos que damos para as pessoas, o público externo, formar idéia sobre quem somos? Que roupas vestimos? O carro. Onde vamos. Onde sentamos. Com quem. Vivemos em sociedade e todos analisamos a todos, alguns com mais outros com menos talento. O que as pessoas pensam de você? De mim, tenho a impressão que pensam que sou antipático. Digo isso porque não consigo superar uma certa timidez em público, não sendo expansivo como sou quando estou com meus próximos. E também sofro por morar em uma cidade que ainda guarda resquícios sócio econômicos que geraram grupos sociais. Já fui Diretor de Cultura da Assembléia Paraense e lá me acharam alternativo demais, qua qua qua. Muitos da área de Teatro ainda me acham mauricinho demais, qua qua qua.. Isso por conta de não ser nem de um, nem de outro. Pelo contrário, almejo entrar e sair de todas as estruturas incólume, sendo apenas eu próprio e o que determinar meu pensamento. Às vezes estou em um determinado grupo, plenamente aceito e vou buscar meu carro. Quando chego, sinto que olham e já me qualificam de outra maneira. Como se, na idade em que estou e após trabalhar desesperadamente, não pudesse ter um carro. Em outras, quando desço do carro de t shirt e jeans, sinto que há um olhar que deprecia, talvez. Muito pequeno. Belém. Mas esse é outro tema bacana para discutir. Os sinais que emitimos. A sociedade em que vivemos. O que as pessoas pensam de você?

3 comentários:

. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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. disse...

De fato, mais uma vez, um assunto interessante... Sobre os sinais que emitimos, talvez eu os classifique como de "décimo terceiro" grau... Agora sobre a sociedade em que vivemos, é mais complicado, às vezes tenho a impressão que, nem em sociedade vivemos... afinal qual é o conceito dela? E em relação ao que as pessoas pensam de mim... Quem se importa? Eu mesmo não! Acho que o que deve prevalecer é uma sincera e espontânea autenticidade, sem modismos, sem máscaras e maquiagens. Padrões surgem e são mudados. Pra que se preocupar com algo ou alguém que na velocidade que caminhamos, amanhã se tornará "démodé"...? A única coisa que devemos preservar é a nossa esperança por dias melhores e nossa fé em Deus.