sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Violência

Queria escrever hoje sobre uma cena de filme que assisti ontem, contextualiza-la com a minha literatura, mas fica para depois. A notícia do assassinato do cardiologista Salvador Nahmias me deixou perplexo, chocado, sem graça. Enfim, acontece todos os dias, mas quando alguém próximo sofre, o choque é maior. Salvador, além de excelente profissional, prestador de serviços para a coletividade, era uma grande figura humana. Outras pessoas já foram assassinadas, dentro do âmbito do meu relacionamento, nisso que se chama "saidinha", onde alguém, dentro do banco, avisa os comparsas sobre o que retira dinheiro e faz o assalto. Reagiu? Não sabemos. Às vezes, é sem querer, puro reflexo. E a questão da violência? Sei que pareço até tolo, ingênuo, diante dos acontecimentos, mas insisto que a barbárie que vivemos está ligada à ausência de Cultura. Lógico, algo imediato precisa ser feito, para que o cidadão de bem e o meliante sintam a presença da Segurança. Mas a longo prazo, só a Cultura, me desculpem, algo ralo no Brasil, pior ainda aqui, após doze anos de escuridão tucana e dois de amadorismo petista. Que choque!

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