CUÍRA POR MEMÓRIAS
O Grupo Cuíra, prestes a comemorar 30 anos de atividades nas Artes Cênicas, passou a ocupar um casarão, na esquina das travessas Primeiro de Março com Riachuelo, no centro da cidade, desde 2006. O local tornou-se o Teatro Cuíra. Desde o primeiro dia, a força de sua localização e de sua história, fez-se sentir, de tal forma que o primeiro espetáculo gerado a partir daquele lugar se chamou “Laquê”, contando a trajetória da zona do meretrício que funcionou ali e ainda funciona, de maneira incipiente. Metade do elenco foi formado por moradores e profissionais do entorno. Depois, veio “PRC5 A Voz que Fala e Canta para a Planície”, sobre os 80 anos da Rádio Clube do Pará e a história desta Belém até o início dos anos 60, começou a ser contada. Chegou ao grupo o livro “Eu e as últimas setenta e duas horas de Magalhães Barata”, conquistando a todos, vindo a decisão de adaptá-lo sob o título “Sem Dizer Adeus”, com Zê Charone e Cláudio Barradas. História, história, história, de uma Belém que hoje não mais se reconhece. Um chão onde pisamos sem saber onde, como se cada geração inventasse um mundo novo, uma cidade nova. E não é assim.
Por isso, “Cuíra por Memórias”, um projeto longo, aprovado pela Lei Rouanet, patrocinado pela Petrobrás, que contará, até 2012, mais um pouco da nossa história. “Sem dizer adeus”, é parte disso tudo
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