É o título do disco de uma dupla que sumiu no tempo, mas era muito boa. A propósito de em uma postagem, ter por tema o Ensaio sobre a Cegueira e na segunda, a procura exatamente da luz, por parte daqueles que dela deveriam esconder-se. E lembro que a cegueira, no filme, vem em um clarão branco e não na escuridão da cegueira normal. Assim, me pergunto que na verdade todos não ficamos cegos, dada a luminosidade adotada tanto por meliantes quanto por lúmpens, esses da Nova Civilização, ou da Volta à Floresta.
Hoje estamos chocados com a morte deste jovem Procurador, escolhido pela roleta russa em que vivemos, nós que pertencemos a uma classe que estudou, mora, trabalha e ganha razoavelmente. A pior vergonha é não receber, por parte das autoridades que nós, idiotas, elegemos, nenhum consolo, nem que seja de mentirinha, ir à televisão com ar de indignação, distribuir mais carros, enfim, essas bobagens. Nem isso. Fica assim.
Quanto a mim, não uso película em meu carro. É uma decisão, talvez idiota, de enfrentamento a tudo isso. Também porque, se entram em meu carro com película, passamos à frente de policiais dando adeus, não é? Enfim, uma opção. Posso mudar, claro, mas neste momento, não. Eu que achava que The future is so bright, I gotta wear shades.
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