quarta-feira, 23 de março de 2011

É Permitido Estacionar

Os flanelinhas e a egolatria mandam nas ruas de nossa cidade sem lei. Há alguns dias fui até a Fox Livros, ali na Dr. Moraes. Não havia vagas. É um trecho, entre Conselheiro e Mundurucus, bem complicado. Há uma loja Pet, um Mecânico de Carros que sempre trabalhou na rua, um edifício comercial, lavanderia, Fox e um restaurante bem frequentado. O estacionamento, em ambos os lados da rua, por imposição dos flanelinhas é feito na diagonal, deixando para o forte tráfego apenas uma nesga de rua. Dei a volta e consegui espaço na Benjamin. O flanelinha da área me disse que uma fiscalização havia passado e guinchado alguns carros que estavam na diagonal. Ele, flanelinha, achava isso um absurdo. Me calei. Argumentar era pior. E todos os carros, na Dr. Moraes, já estavam na diagonal. Os flanelinhas mandam. Na Boaventura é um problema. Além de carros na diagonal, a rua tem recebido, nos últimos cinco anos, vários edifícios em construção. Em todos, as construtoras deixam caminhões gigantescos à porta, fazendo concreto ou em outras atividades. Pior, há duas ou três escolas e os civilizados pais dos alunos estacionam em filas triplas, porque não se dignam estacionar mais distante para buscar seus rebentos. Na Osvaldo Cruz, que margeia a Praça da República, chega a ser um escandalo. Pior, coisa de uns dois anos, um flanelinha faz fortuna na Riachuelo, entre Presidente Vargas e Primeiro de Março. Além do antigo estacionamento em diagonal, sem razão alguma, instituiu, porque assim desejou, o estacionamento na outra margem da rua, dificultando quem vai entrar na garagem do edifício Renascença e deixando uma nesga para um brutal tráfego que ali passa. Além disso, ególatras, na Osvaldo Cruz, param em fila dupla para atender os potentados que moram nos prédios de luxo que ali ficam. Quem regula isso? Ninguém. O próprio serviço de guincho é mais um rentável negócio para seu explorador do que um ato que faz parte de uma ampla determinação para obedecer a lei, agir com civilidade na direção de uma cidade feliz. Pena.

2 comentários:

Yúdice Andrade disse...

Subscrito enfaticamente, mas sem alegria, posto que esse assunto não permite alegria alguma a quem mora nesta cidade.

Luiza Montenegro Duarte disse...

Edyr, já estou sem esperanças. É tão triste a nossa falta de civilidade...