quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Globeleza cada vez menos

Gosto cada vez menos de assistir ao programa da Globo em que se transformou o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro. Não vou aqui repetir o que todos sabem, no que diz respeito à transformação dos sambas de enredo em marchinhas batidas, ausência de passistas e que tais. É que ficou chata. Carnaval é alegria, sexo, beleza, malícia. E não sei em nome de quais costumes, a Globo retirou dessa mistura, o sexo e a malícia. A transmissão ficou até enfadonha. Mostram a bateria. Mostram os cantores. Os comentaristas gostam de tudo. Como podem gostar desses sambas horrorosos? E passam as mulheres nuas, maravilhosas. E passam essas mulheres bois, de madrinhas da bateria. E digo bois porque são halterofilistas, cada coxa, gigantesca, cheias de cores, realçando seios volumosos, onde deveriam estar, marcas de fabricantes de silicone, como patrocinadores, nas coxas as academias, as xoxotas com placas reluzentes, tudo aquilo como uma grande fanfarra para podermos devassar (sem indicações a um dos patrocinadores) o ponto G (Globo??? quaquaqua). Enfim. Gostava quando o locutor era um que gostava de namorar cortesãs globais e até anunciava quando sua namorada passava. Havia uma malícia no ar, em reapresentar em câmera lenta, os movimentos da mulher boi, embora antigamente fosse uma Luma de Oliveira, como um pássaro a nos acenar, nos chamar para dentro de si. Falta aquela passsista nua, que descobrimos de repente. Ou a nova candidata a cortesã da Globo. E de repente, termina o desfile e já vamos para uma tal Estação do Samba, muito da chata. E somente em outros canais, ou em sites, vamos conferir os escândalos da noite. As fofocas de Madonna e alhures, nos camarotes. Sem isso, não há programa que resista sem ser repetitivo. Aquela profusao de cores ainda não é perfeitamente captada, quem sabe em 3D. E carnaval é malícia, beleza, sexo, criatividade. Lá pela terceira escola, bocejo e vou conferir no dia seguinte.

Nenhum comentário: