segunda-feira, 13 de julho de 2009

Para o amigo Juvêncio

Deixa que o mar lamba pela última vez teus pés. Deixa que a lua te banhe prateado, deixa que o vento que ondula as folhas dessa árvore na porta da tua casa, sopre também e desarrume o teu cabelo. Deixa que um beijo sele em tua fronte essa passagem por aqui. O que foi belo e o que não foi. O que foi bom de viver e o que foi ruim. Os momentos de prazer, tristeza, ódio, esses que marcaram, que vincaram teu rosto. Todos os corpos que abraçaste com teus braços vigorosos. Todos os pensamentos que dominaste com tua cabeça fabulosa. Tudo isso te deixa aqui. Mas não perdes nada, porque a tua essência permanece em ti até apagar a chama e em seguida, quem sabe, para onde irá?. Não irá para descanso porque a essência não pede nenhum descanso. Ao contrário, ela precisa queimar e queimar incessantemente. Tu foste um homem bom. (trecho do espetáculo Abraço)

3 comentários:

Francisco Rocha Junior disse...

Bela homenagem ao nosso amigo, Edyr. Ele merece.

Edyr Augusto Proença disse...

Obrigado, amigo. Ainda estou muito magoado com tudo, mas vai passar.
Abs

blog do bacana-marcelo marques disse...

Edyr, sempre seu texto leve e tocante...
Parabésn