Fiquei muito triste com a morte de Michael Jackson. Junto com Madonna, o considero ícone da música pop, sobretudo nos anos 90. Michael revolucionou o mundo da música, dos discos. Trabalhou com remixes, vídeo clips autorais, dirigidos por profissionais de Hollywood. Quebrou a barreira entre música negra e música branca. Colocou Eddie Van Halen tocando sua guitarra em Thriller. Paul McCartney em The Girl is Mine. Soul Makossa em Wanna be starting something. Inovou nos shows, em tudo. Penso que o fenomenal êxito também quebrou sua frágil personalidade. Alcançou público infantil e a partir daí, a preocupação em atingir mais e mais pessoas, com restrições de temas o prejudicou. Um mártir da mídia. Desnudou sua vida. Ousou, enfrentou, iluminou a escuridão e sofreu as consequências. Preto que quer virar branco. Gay. Pedófilo. O mundo é cruel. Ele não teve forças. Desde criança, cantando para ganhar dinheiro. Pais que o surravam e ao que parece, também abusaram sexualmente. É o outro lado do popstar idolatrado.
Eu o encontrei. Sim, estive ao seu lado e fui cumprimentado. Estava em Londres, zanzando na Oxfort Street. Atravesso uma ruela junto ao prédio da então portentosa HMV Records, loja de discos. Passa por mim uma limousine. Por curiosidade, olho. Ela pára adiante na ruela. Sai alguém que, uau, é Michael Jackson, mesmo? Ele chega junto a mim, andando rápido. Me cumprimenta, porque imagino, estava abobalhado olhando sua chegada. Sinto cheiro de perfume forte e roupa suada, sei lá. Não gostei. Ele passa por mim e imediatamente ouço gritos das pessoas que o descobrem. Já estão a seu lado seguranças e ele entra na HMV onde rapidamente é acolhido em um elevador. Deixa pra lá. Alguns minutos mais tarde eu o vejo novamente, no terceiro andar da loja. Brevemente. Foi só.
Um rei morreu. Viva o rei.
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