A quem ainda acessa este blog, à procura de algo interessante para ler, minhas desculpas. Tenho estado muito ocupado e quando penso em postar algo, há sempre outra atividade a requerer atenção. E olha que aconteceu muita coisa.
Eles se foram
Muito chatos os últimos dias, com as partidas de gente amiga e da área artística. Walter Bandeira iniciou. Todos escreveram tanto. Parece que Walter tinha muitos amigos. E no entanto, era muito reservado. Aquelas brincadeiras agressivas, sempre com a homossexualidade envolvida, eram uma barreira de fumaça, para esconder sua timidez, proteger-se. Quando aquilo passava, transformava-se em pessoa doce, inteligente, culta e disposta a ouvir. Ele embalou minha adolescência, quando cantava nas tertúlias da Assembléia Paraense, uma música, em parceria com Luiz Otávio Barata, que dizia "eu e eu, e esse amor que só vive em mim, que nem mesmo sabe morrer, sendo eterno na dor". Eu precisei, liguei, pedi e ele veio correndo, com sua alegria quase juvenil, cantar com Marco Monteiro e Nilson Chaves, os temas de Quando a sorte te solta um cisne na noite, que foi mostrada no Cuíra. Não, ele não foi assistir.
Ronald Bergmann foi agora no final de semana. Era um grande bailarino e ator. Fez o Boto Sinhá, Angelim e adiante, já em São Paulo, dirigiu um grupo de lá, remontando o Bôto. Muito legal. Estávamos no ensaio. Li para o elenco de Quando a sorte te solta um cisne na noite, um texto difícil, pesado, sério, até agressivo, sobre os gays. Ele levantou o dedo. Esse eu quero dizer. Era vaidoso, como todo artista, bonito e cheio de talento. Que chato. E ontem, o pai de Ronaldo Fayal, que veio correndo do RJ, deixando a novela da Índia por alguns dias, ele que é um dos principais maquiadores da Globo. Está bom?
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