sábado, 26 de novembro de 2011

Jards

Acabo de ouvir "Jards", o mais novo cd de Jards Macalé. Sensacional. Já comentei aqui da minha admiração por Jards Anet da Silva, ou melhor da Selva, ou pior, da Silva. Macalé repassa algumas de suas pérolas com novos arranjos e a participação de algumas figuras como Thais Gulin, Luiz Melodia e Frejat. Suas parcerias com Waly Salomão e Capinam. Eu era bem garoto e já admirava a ousadia de "Gotham City", com o verso "há um morcego atrás da porta principal". Depois ele esteve em "Transa", de Caetano, como instrumentista e arranjador, o que valeu uma briga de longos anos, afinal, seu nome foi limado dos créditos. Os caras foram para o exílio e ele ficou, gravado por Gil, Gal e Bethânia. Experimentava blues, rock and roll. Gravou dois dos discos mais lindos da mpb, o primeiro com Lanny Gordin e Tutti Moreno, dois violões e bateria, rolando jazz, blues, rock, samba, forró, tudo. Depois "a linha da morbeza romantica". ainda melhor. Houve uma fase Moreira da Silva. Sumiu, voltou. Há um dvd com documentário. "Não choro, meu segredo é que sol rapaz esforçado, fico parado, calado, quieto, não corro, não choro, não converso". O "Jards" é simplesmente ótimo. Pena que faltou "quando você passa dois, três dias desaparecida, eu me queimo num fogo louco de paixão". Jards canta como bluesman, tem um violão melódico, cheio de acordes e parceiros como Waly e Capinam. É tudo.

Um comentário:

Marise Rocha Morbach disse...

Muito legal esse post!
Sou fã do "Jards". Votamos pelo conjunto da obra; Rs. Abç.