Meu
irmão Janjo. Ali nos anos 80, do século passado, boêmio, queria estar em um
lugar criativo, alegre, com mesas grandes, para passar a noite em boa
companhia. Primeiro veio o Gato & Sapato, com o saudoso Paulo Magá. Roxy
Bar em homenagem ao velho cinema de Copacabana, Rio de Janeiro. E a homenagem
ensejou, também nomear os pratos com nomes de grandes artistas, a partir da
eterna Marilyn Monroe, que virou musa do bar. Um prédio na esquina da Almirante
Wandenkolk com Senador Lemos, estava fechado há muito. Já havia sido local de
comércio de madeiras e muitos outros fins. Uma brincadeira para julho? João
Carlos Braga e José Franco aderiram. Para o cardápio, escolheram os pratos que
gostavam de comer. Uma cozinheira de mão cheia, Luzia, traduziu tudo em
delícias. Receitas presentes até hoje. Na época, a grande novidade era a MTV,
continuamente passando vídeo clips de músicas de sucesso. Ainda não havia no
Brasil, muito menos em Belém. Um amigo, morando em Miami, no horário de almoço,
gravava em vídeo cassete e no esquema de “deixa que eu levo”, mantinha vários
monitores espalhados no salão, perfeitamente antenados com os sucessos do
momento. O vídeo bar. Um jingle vitorioso, primeiro executado na Rádio Cidade
Morena e depois na Jovem Pan, periodicamente atualizado, em arranjos
diferentes, definiu, em seu final, o que se tornou seu slogan: o prazer de estar
lá. Deu certo. O saudoso Henrique Penna, arquiteto, criou o primeiro visual.
José Franco saiu. Janjo e João Carlos, ficaram. Vieram shows musicais. Foram
embora. Veio a Mona Lisa gorda. Sadam Hussein a pedido dos frequentadores. Nunca
mais foram embora. Alguns pratos novos entraram. O cardápio passou a ser
imitado. A equipe de garçons é quase a mesma, desde o início. Entrou ar
condicionado. O delivery a todo vapor. E um telão, maravilhoso, com vídeos
interessantes, criando a atmosfera propícia ao que chamamos de joy of life. Uma
mudança nos costumes, também ajudou o Roxy. Ninguém mais quer ser velho. Todos
queremos ser jovens, na atitude em relação à vida. Queremos ir a um local para
celebrar a vida. Sim, o Roxy Bar é a criação de Janjo Proença, o big, o barão,
como muitos o chamam. Mas é também João Carlos Braga mantendo o que é mais
importante, o padrão reconhecido por todos. Agora é Marina Braga a responsável
pelo funcionamento perfeito da máquina. Veio o desafio do Roxy Bosque. Sucesso,
novamente. Quanto a mim, acompanho tudo. Sinto amor profundo pelo
empreendimento. Torço para que continue assim. Torço por João, Marina e torço
pelo meu irmão, parceiro, sócio e amigo Janjo Proença!
Parabéns
Roxy Bar, 35 anos de prazer!
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