Acabo
de assistir “Qu’il est étrange de s’appeler Federico”, filme do maravilhoso
Ettore Scola sobre seu amigo. Ambos começaram no jornal satírico Marc’Aurelio.
Insone, Fellini o levava para longos passeios de carro pela cidade. Ambos com
seus personagens primeiro desenhados, vindos da imaginação. O narrador é o
mesmo de “Amarcord”. A música bem semelhante à de Nino Rota. Também dividiram
Marcelo Mastroiani em vários trabalhos. O maravilhoso Estúdio Cinco, da
Cinecittá, onde filmou na maioria das vezes. “O cinema é muito mais pintura do
que literatura ou teatro. Os objetos e a luz sobre eles. Qual é o componente
fundamental da pintura?”. A melhor cena? O final de Amarcord, casamento de
Gradisca, noivos se despedindo, todos acenando também para nós, e o
acordeonista cego tocando bravamente enquanto chuta terra nas crianças que o
perturbam. Vale por uma vida.
E se
me permitem, também quero recomendar “Youth”, de Paolo Sorrentino, que ficou
famoso com “A Grande Beleza”. Aqui, em um desses spas para pessoas ricas, nos
Alpes, um famoso compositor e regente (Michael Caine), um diretor de cinema
(Harvey Keitel) e uma atriz (Jane Fonda) nos encantam com seus diálogos. A cena
em que Caine e Keitel, nús, em uma piscina, contemplam extasiados uma miss
universo caminhar e entrar na piscina completamente nua, completamente jovem,
completamente opulenta, vale o ingresso. Há vários dramas, vividos também por
Rachel Weisz e Paul Danno. Não sei quando passam por aqui, mas nestes tempos,
vale baixar na internet. Mas é só uma recomendação. Não sou crítico, nem
cinéfilo. Apenas, publico.
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