sexta-feira, 22 de junho de 2012

Uma nova Copa do Mundo

Já escrevi sobre a idéia, mas é que de vez em quando volta o assunto. Quando o torneio Copa do Mundo foi criado por Jules Rimet, o mundo tinha outro ritmo. Os meios de transporte e as comunicações. A Copa era um ótimo momento de congraçamento entre esportistas, torcedores e principalmente, escolas de futebol. Os ingleses, inventores, e seus cruzamentos longos para a área. Os russos, pragmáticos com seu futebol científico. Italianos e seu "catenaccio" e os brasileiros com sua alegria e improviso. Fazia total sentido reunir as seleções para aferir a quantas ia o futebol. O mundo mudou. Os meios de transporte. As comunicações. O fluxo de jogadores cruzando países e continentes, com o mais alto nível de profissionalismo, também. No Brasil, chegamos ao cúmulo de ter uma seleção de atletas que não atuavam, nenhum, em nosso país. Que escola representam? O futebol mudou. Hoje, estrangeiros fizeram com que o jogo na Inglaterra privilegie a técnica. Na Espanha, sobretudo, onde atuam Messi e Cristiano Ronaldo, os melhores jogadores da atualidade. A Copa precisaria mudar. Agora, são seleções de atletas que atuam em cada país, a mostrar a realidade de cada um. Na Espanha, além de Xavi, Iniesta e Fabregas, teríamos Messi e C. Ronaldo. E daí? Não reflete o nível do futebol de lá? Aqui no Brasil, talvez tivéssemos o goleiro argentino do Corinthians, o zagueiro chileno do Flamengo, Valdívia no ataque, sei lá, todos juntos com Neymar e Ganso. E chega dessa cerimônia sem graça de hino nacional. Copa do Mundo é um riquíssimo torneio de férias, disputado por profissionais que lá estão movidos por altos prêmios, exposição na mídia e melhores contratos. Lutar por seu país? O compromisso é com o público, com sua equipe, companheiros e sua carreira. Fazer o seu melhor. A batalha é dentro do campo, onze contra onze e juízes para decidir lances duvidosos. Um brasileiro não seria um traidor se preferisse torcer pela Inglaterra, já que pela tv a cabo, assiste a todos os jogos, conhece e admira os jogadores. Somente nós, brasileiros, através de nossa mídia, empurramos nossos atletas para "batalhas em defesa do país". Rapazes que com sua arte vão para a Europa e dois anos depois, sem contato com o Brasil, vivendo outra realidade, vestem a "amarelinha" com a faca entre os dentes. Pois sim. Acho uma boa idéia, essa de uma Copa diferente. E vocês?

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