sexta-feira, 14 de outubro de 2016
FLIPA, SÁBADO E DOMINGO
Amanhã
e domingo são dias de Flipa, a Feira Literária do Pará, já em sua terceira
edição. Uma idéia que deu certo. Para ajudar a lembrar, há três anos, por
ocasião da Feira mequetrefe promovida pelo Estado, que não tem nenhum programa
voltado para a Literatura feita no Pará, o escritor Salomão Laredo postou-se na
Livraria da Fox, cercado por seus livros, e promoveu uma feira particular. Sim,
essa era uma forma inteligente de se apresentar. Aos sábados, pela manhã, há
sempre uma reunião informal de escritores. A idéia de Salomão circulou e, de
repente, tínhamos a idéia da Flipa, que já é vitoriosa. Além de mim, como
organizadores, fazem parte da turma Roberta Splinder, Salomão Laredo e Andrei
Simões, como escritores, além de Camila Andrade, como assessora de imprensa,
Deborah Miranda, da Fox e Filipe Laredo, da editora Empíreo. Somos informais. Nossas
reuniões são marcadas pela alegria, descontração e risos. E a Flipa vem se
aperfeiçoando. Queremos apenas mostrar o nosso trabalho. Mais ainda, lançamos
um Prêmio Nobre, e corajosamente escolhemos um livro importante, de autor
local, que por qualquer motivo esteja esgotado e o relançamos. Assim, olhamos
para trás com respeito. O primeiro premiado foi Alfredo Oliveira e agora, o
historiador Ernesto Cruz. Olhamos para frente e realizamos um concurso de
romances para autores estreantes. Assim, Flávio Oliveira e Ingo Miller, este,
nesta edição, apresentam seus trabalhos. Ainda há patronos escolhidos e
homenageados, o primeiro Jacques Flores, genial cronista, depois Adalcinda
Camarão, poeta, primeira mulher na Academia Paraense de Letras e agora, o
cônego Ápio Campos, de relevantes serviços prestados à Cultura local, através
de livros, sermões e publicações na imprensa, que será saudado pelo amigo
Fernando Jares. A Flipa é de uma ousadia sem igual. Não temos patrocínios.
Temos muita vontade de fazer a coisa certa. Popularizar cada vez mais a
Literatura feita aqui. Queremos, ao relançar clássicos, homenagear os grandes
escritores. Queremos, ao lançar novos autores, dar a chance deles, através da
Empíreo, realizar seus sonhos, apresentar-se ao público. Fazemos isso também
porque após mais de 20 anos sem nenhum projeto sério para a Cultura, muito
menos para a Literatura, decidimos fazer por nós. Decidimos nos unir, de
maneira leal, amiga, sem espaço para protagonismos. A Flipa é para o bem da
Cultura do Pará. A maior prova que é possível ter êxito, é o registro da venda
de mais de mil livros em apenas dois dias. Livros de autores paraenses. E o
número de inscrições de novos escritores. A procura de informações para
participar do evento. Temos a agradecer aos proprietários e funcionários da
Livraria Fox, que vibram conosco e apoiam nossa iniciativa. Ao Filipe Laredo da
Empíreo, que aliou-se e lança os livros com um apuro incomum, resultando em
objetos competitivos em qualquer mercado. Enfim, quero convida-los a dar uma
passada, sábado ou domingo, na Fox. Grandes escritores estarão lá, alguns
autografando livros inéditos, em lançamento e outros, prontos a conversar,
esclarecer e autografar suas obras. Nessa escuridão cultural em que vivemos, a
Flipa é um farol apontando para o bem. Tenho certeza que será por longo tempo.
Espero vocês por lá.
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