Viver por Viver, de Claude Lelouch, de 1967, Globo de Ouro, indicado ao Oscar. Com Yves Montand, Annie Girardot e Candice Bergen. Figurino de Yves Saint Laurent e música de Francis Lai, uma delas cantada por Nicole Croisille.
Aconteceu-me algo muito interessante, muito marcante de vida, que agora divido com os leitores deste blog. O filme francês "Vivre pour Vivre" foi lançado em 1967, dirigido por Claude Lelouch. Foi uma época especial, com desdobramentos sentidos até hoje. Guerra do Vietnã, rock, revolução de costumes, moda, sexo livre, hippies, flower power. Além da assinatura de Lelouch, o elenco tem o super galã Yves Montand, a belíssima Annie Girardot e a americana Candice Bergen, no auge da beleza e juventude que fez Tom Jobim compor "Bonita", somente por vê-la dentro de um avião, ela que acabou nos braços do jornalista Tarso de Castro. Mas é outra história. O autor dos figurinos é ninguém menos que Yves Saint Laurent. E a música, de Francis Lai. O filme é bem romântico, onde Yves faz um repórter especial de televisão que vive viajando e mantém várias namoradas apesar de ser casado com Annie. Surge Candice e é a nova namorada. No triângulo amoroso, a esposa sai perdendo, mas a garota americana, após algum tempo, manda o jornalista adiante e este, sozinho, tenta um retorno ao lar antigo. Há cenas lindas de Paris e Amsterdam mas o que penso é que o personagem de Yves gosta mesmo é de cigarro. Durante o filme deve fumar uns trinta a quarenta, quem sabe. Annie e Candice, lindas, falam, beijam, prometem, e Yves acende cigarros. Em nossa atualidade onde fumar virou algo condenável, Yves chega a chocar de tanta fumaça e em qualquer lugar. Mas não era disso que desejava falar. Certamente um ano depois do lançamento do filme na Europa e EUA, penso que ele foi lançado no Brasil. Com ele, sua trilha sonora, um excepcional trabalho de Francis Lai, com um tema básico lindo, desenvolvido em diversos andamentos, além de outras músicas, algumas cantadas, uma delas por Nicole Croisille. O disco apareceu em casa. Meu pai, à época, escrevia sobre discos em algum jornal. A gravadora enviou. E logo estava em nossos "pratos". Amadureci, envelheci e continuei apaixonado pela trilha. Anos atrás, comprei uma versão em cd, com faixas remasterizadas. O mais incrível: nunca havia assistido "Viver por Viver". Não tinha a menor idéia do roteiro do filme. Nada. Foi amor apenas pela trilha, magnífica. Pois ontem, matei a curiosidade. Sim, hoje faria retoques no roteiro, mas é representativo de época, romantico, super romantico. Gosto disso. Annie e Candice, lindas. E a música, meu Deus, que coisa linda! Quarenta e tantos anos depois, assisti, finalmente, "Viver por Viver". E vocês? Que tal? Procurem nas locadoras.
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