quarta-feira, 8 de junho de 2011
Je t'aime Serge Gainsbourg
O pessoal de hoje não consegue imaginar como, antigamente, nos ligávamos nas coisas, tão distantes. Em termos de música pop e comportamento, começamos pelos Beatles e demais ingleses. Alguma coisa americana. Demorei para dar atenção aos Doors. Preferia Hendrix. Mas também pouco me importei com David Bowie, por conta do péssimo trabalho de divulgação, no Brasil, de sua gravadora. Enfim, tudo prejudicava. Ouvi inicialmente Serge Gainsbourg sem nem imaginar que era dele uma das músicas que embalou minha adolescência, "Comment te dire adieu", cantada por Françoise Hardy. Depois, através de sua música Je t'aime moi non plus, em dupla com a belíssima Jane Birkin. Antes, já estava apaixonado por Jane, através do filme "La Piscine", onde contracenava com Romy Schnneider (outra paixão), Alain Delon e Maurice Ronet. Je t'aime foi um escândalo, claro, proibida, mas o Edgar, meu irmão, ganhou o compacto. Adiante, na medida em que as comunicações melhoraram, tinha notícias de Serge. Suas músicas, a versão do hino francês tocado em reggae com a galera da Jamaica. Sua morte. Há alguns anos saiu uma biografia onde pude me apaixonar por esse artista provocador, conquistador, desafiador e maravilhoso. Feio, narigudo, orelhudo, fazia certamente como meu avô Edgar, que dizia "seu colega, eu sou feio, mas se me deixar abrir a boca..". Namorou Juliette Gréco, fez Je t'aime para Brigite Bardot, que não gravou porque foi proibida por seu marido, na época, Gunter Sachs. E casou com Jane Birkin, com quem gravou a belíssima música e adiante, outra, bela, "La Decadanse". Está chegando no Brasil um filme, feito por Joann Sfar, muito bom, que combina elementos de HQ muito bem, tem Laetitia Costa como Brigitte e uma moça, como Jane Birkin, que se suicidou pouco antes do filme ficar pronto, dando uma dose de acidez que Serge bem que gostaria. É muito bom.
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